sábado, 27 de junho de 2009

Mudanças no roteiro


Decidimos não ir ao Salar de Uyuni pela nossa própria saúde. Se aqui está congelando, lá está um frio (sobre)desumano. Ontem (26) fomos ao Chacaltaya, -5 graus quando estávamos chegando. Saímos de La Paz de 08:30am, numa van da America Ecotours. De La Paz até lá nós gastamos umas 2h. Esse percurso rende muita adrenalina se considerarmos que para onde olhávamos eram penhascos... Ver aquelas montanhas nevadas de avião já foi lindo, mas estar ali foi a perfeição e o ápice do frio para nós. Na van tinha gente dos EUA, da Austrália, da Suiça e, claro, nós, brasileiros, sempre dispostos a avacalhar. Conhecemos uma paulista bem legal, chamada Martha. Ela já vinha do Peru, nos deu muitas dicas. Depois do passeio, ela foi com a gente almoçar. Foi então que combinamos de levá-la ao Hard Rock daqui, uma vez que ela estava viajando sozinha e odiando La Paz. Depois do almoço fomos cancelar o passeio ao Salar e tentar comprar umas passagens de avião La Paz-Cusco(Peru) porque os camponeses fecharam as rodovias e a ferrovia, talvez, reivindicando reforma agrária, e nao podíamos esperar a boa vontade deles nem das autoridades, com o risco de nao chegarmos a tempo a Lima-Peru, de onde voltaremos para o Brasil. O pessoal da Aerosur é muito diferente do da Boliviana de Aviación. Eles são muito imprestáveis. Perguntei se grávida não tinha prioridade e disse que a Danielle estava grávida. Daí, o rapaz respondeu que sim mas simplesmente deixou passar 3 pessoas na frente dela! E só de mal nós espirramos um monte de vezes lá para pensarem que estávamos com a gripa porcina. Como sempre, tinha gente de máscara e ver a cara de medo deles não tem preço. Enfim, passagens compradas. À noite, a Danielle e o David estavam exaustos para sair. Só que eu nao ia deixar uma compatriota na mão, né? Me arrumei (casaquinho de lhama) e fui buscar a Martha no Maya Inn e de lá fomos ao Hard Rock. Eram, no máximo, 8:30pm quando chegamos lá. Eu bebi Corona (cerveja mexicana) com limão e ela, vinho tinto. Comemos pizza e a pipoca anti-hipertenso gelada de lá. O engraçado é que fui perguntar ao Mick (apelido do Miguel, um host e garçom) se não ia ter popcorn ontem, daí a Martha me lembrou que eram palomitas. O Mick falou que palomitas só tinham na praça. A gente riu porque, de fato, na maioria dos países hispanos pipoca significa "palomita(s)", tendo, também, o significado de "pombinhos(as)". Mas na Bolívia, segundo o Mick, pipoca era "pipoca" mesmo, do jeitinho que escrevemos com uma leve diferença na pronúncia. Divergência resolvida, embora a Martha tenha tentado convencê-lo de que eram palomitas e ponto. Hoje, estamos light. O desjejum foi no café do Naira Hostel. Muito bom mesmo... Já tínhamos comido lá outra vez. Na primeira, comi um bolo de chocolate e creme enorme com uma xícara do mais puro chá de coca. Hoje fui de café Americano, assim como a Danielle. O David quis o Continental. Depois, um passeio pela mesma rua, Calle Sagárnaga, cheia de artesanatos. Não tem como passar pela Sagárnaga e não comprar nada. Tem sido assim todos os dias! É a mesma rua do Maya Inn mas a Martha foi a Coroico, fazer um passeio na estrada mais perigosa do mundo. Para a noite, sem planos até agora...

1 comentários:

XXXXXXXXXXXXXXXX disse...

Muito bom esse blog. Assim fico sabendo das aventuras !!!!!!