quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em La Paz


Me recuperei de um resfriado antes de deixar Cbba, ontem (24). O David e a Danielle não sentiram nada. Chegamos ao aeroporto de Cochabamba com umas 2h de antecedência. Nosso voo saiu às 05:40pm, pela BoA (Boliviana de Aviación). Muita gente com máscara, com medo da "gripa porcina". Algumas vezes a gente passava e espirrava só pra ver a cara de assustada da pessoa. Depois a gente ria... É incrível como para voar na Bolívia você encontra poucas barreiras. Quando fomos comprar as passagens, o David e a Danielle tinham esquecido os passaportes, mas o rapaz do guichê falou que podíamos apresentá-los na hora do embarque. Na dita hora, nossos passaportes estavam presos por uma liga, daí, simplesmente, o funcionário da BoA nem tirou a liga pra conferir, só olhou pros passaportes e pra nós e sorriu, nos deixando embarcar sem maiores problema. Engraçado que na hora de ir, a gente levou uma bronca de um "guarda", porque não estávamos andando literalmente na linha. Ele não nos deixou cortar o caminho até a escada da aeronave. Ele queria que a gente fosse taxeando que nem um avião! Foi só ele dar as costas que a gente desobedeceu... Embora em Cbba estivesse com aquele friozinho suportável, quando entramos no avião, o calor tava de matar. Ainda mais, tinha uma música daquelas andinas mas bem melancólica, digna de velório. Então, meu sistema medroso começou a me fazer suar frio nas mãos. Eram os "sinais", disseram o David e a Danielle. "Essa musica aí é para você ir se despedindo do seu corpo e entrar em contato com o seu mentor". É foda ter medo de avião. Com um pedaço, nos vem o piloto falando que podíamos sentar em qualquer lugar porque o sistema de numeração de poltronas estava com erro. Pronto, outro sinal! Uma garotinha que não parava de me olhar! Mais um sinal, segundo o David e a Danielle. Uma ambulância na pista. Eu morrendo de medo. Avião menor sempre balança mais e meus dois companheiros me animaram dizendo que esse balançado era sinal de que nao íamos conseguir passar pela montanha mais próxima. Mas que nada! Deu tudo certo. Ver aquelas cadeias montanhosas, algumas com neve, foi muito bacana. Meia hora bastante aproveitada. Quando pousamos, a Danielle sentiu um impacto grande pela altitude (aprox. 3650m acima do nível do mar). O David ficou praticamente normal e ainda conseguiu carregar um monte de peso! Eu senti um pouco. Fiquei ofegante só em descer do avião e ir ate o saguão do aeroporto. Depois, carregando a mochila eu senti como se estivessem colocando pedras de gelo dentro do pulmão, além do já citado cansaço. Após nos instalarmos no Loki Hostel, descobrimos que o mesmo tinha nada mais nada menos que um IRISH PUB! OMFG! Era tudo o que o David e eu queríamos. A Danielle tomou uma sopa. O David e eu tomamos duas cervejas e ainda comi um omelete veggie. A Bock (cerveja daqui) e o omelete foram a minha desgraça. Passei a madrugada vomitando e com diarréia. Sorte que a Danielle tinha trazido uns lactobacilos vivos em cápsulas... Pela manhã, rodamos por La Paz. Frio horrível. Eu tava mal, meu corpo tava fragilizado e o soroche me pegou. Muito cansaço, dor de cabeca... Apelei pro remedinho Sorojchi (nome original do soroche) Pills. Passei a tarde no hotel, dormindo. Os dois foram procurar uma agência de viagem para fazermos uns passeios que, oportunamente, postarei aqui. Mas talvez, a pérola do dia tenha sido uma mulher comendo dentro de um PENICO. Sim, um penico! Questao cultural... Hard Rock Café. Para mim, pizza e suco de laranja, hoje. Nada de cerveza. Comecei escrevendo este post num cyber mas eles precisaram fechar e, com sorte, os viciados do Loki deixaram um pc livre pra mim. Acho que já vou me deitar... Amanhã o dia vai ser... FRIO, com certeza.

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