segunda-feira, 29 de junho de 2009

Deixando saudades...

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Sábado (27) foi o último dia da Martha em La Paz. Quando estava escrevendo o post anterior, enviei um email para ela aparecer no hostel e a gente sair. Nem sabia se ela ia aparecer mesmo, já que tinha passado o dia em Coroico e com certeza estava cansada pra caramba. Estou lá terminando de me vestir, no começo da noite, quando escuto alguém bater na porta. Perguntei quem era e me surpreendi com a pessoa dela. O pior foi que eu tinha perdido a chave do quarto enquanto tentava dar um jeito nas coisas e na minha mochila. O Fred (um cara que trabalha no hostel) abriu a janela por fora, justo quando achei a chave. Ela entrou e eu fiquei com vergonha da bagunça. Pedi pra ela esperar no saguão do La Blanquita. A gente foi subindo a Calle Santa Cruz e depois fomos pra rua do hostel dela, Calle Sagárnaga, onde tem um restaurante cubano muito bom. A gente ficou pelo Sabor A Lo Cubano mesmo. Descobri que frio em La Paz se resolve com um belo mojito. Ela ficou na Coca-cola, devido ao fato de precisar acordar cedo no dia seguinte e pegar um voo pro Peru. Comemos uns sanduíches bem interessantes, com direito a abacate. A música era cubana mesmo e como a Martha já tinha passado por Cuba, ajudou a escolher o repertório da noite. Fomos umas 7:30pm e devemos ter voltado umas 11:30pm. Subir as incontáveis ladeiras de La Paz depois de 2 mojitos foi meio complicado... Ainda mais considerando que não estou nada em forma e a altitude acaba com a gente. Ela me deixou no La Blanquita e voltou pro Maya Inn. Agora ela está em Lima. O David e a Danielle saíram para comer uma pizza e quando chegaram disseram que eu perdi a parada gay de La Paz. A Av. 16 de julio tava toda enfeitada para o Miss Gay. Por isso que da última vez que fui ao Hard Rock vi uns travestis lindíssimos. Mas é isso aí... Nada não. Ontem viemos a Copacabana, uma espécie de praia às margens do lago Titikaka. Aqui tá frio de nao deixar La Paz com inveja. Estamos no hotel que a Martha recomendou, Mirador, em frente ao lago. Pegamos o microbus para cá no cemitério de La Paz. Pense num local animado! Música alta, o povo bebendo e comendo, pegando vans e ônibus... O que menos parece é um cemitério. Acho que gastamos umas 3h até aqui. Subindo, subindo, subindo... e descendo. Enfim, Copacabana. Hoje passamos umas 5h navegando pelo Titikaka. Fomos até a Isla del Sol. Poxa, o Titikaka é lindo demais. De cima, você pensa que ele é bem azul. Mas de perto, ele parece verdão... falo mais do passeio depois... cansada.

sábado, 27 de junho de 2009

Mudanças no roteiro

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Decidimos não ir ao Salar de Uyuni pela nossa própria saúde. Se aqui está congelando, lá está um frio (sobre)desumano. Ontem (26) fomos ao Chacaltaya, -5 graus quando estávamos chegando. Saímos de La Paz de 08:30am, numa van da America Ecotours. De La Paz até lá nós gastamos umas 2h. Esse percurso rende muita adrenalina se considerarmos que para onde olhávamos eram penhascos... Ver aquelas montanhas nevadas de avião já foi lindo, mas estar ali foi a perfeição e o ápice do frio para nós. Na van tinha gente dos EUA, da Austrália, da Suiça e, claro, nós, brasileiros, sempre dispostos a avacalhar. Conhecemos uma paulista bem legal, chamada Martha. Ela já vinha do Peru, nos deu muitas dicas. Depois do passeio, ela foi com a gente almoçar. Foi então que combinamos de levá-la ao Hard Rock daqui, uma vez que ela estava viajando sozinha e odiando La Paz. Depois do almoço fomos cancelar o passeio ao Salar e tentar comprar umas passagens de avião La Paz-Cusco(Peru) porque os camponeses fecharam as rodovias e a ferrovia, talvez, reivindicando reforma agrária, e nao podíamos esperar a boa vontade deles nem das autoridades, com o risco de nao chegarmos a tempo a Lima-Peru, de onde voltaremos para o Brasil. O pessoal da Aerosur é muito diferente do da Boliviana de Aviación. Eles são muito imprestáveis. Perguntei se grávida não tinha prioridade e disse que a Danielle estava grávida. Daí, o rapaz respondeu que sim mas simplesmente deixou passar 3 pessoas na frente dela! E só de mal nós espirramos um monte de vezes lá para pensarem que estávamos com a gripa porcina. Como sempre, tinha gente de máscara e ver a cara de medo deles não tem preço. Enfim, passagens compradas. À noite, a Danielle e o David estavam exaustos para sair. Só que eu nao ia deixar uma compatriota na mão, né? Me arrumei (casaquinho de lhama) e fui buscar a Martha no Maya Inn e de lá fomos ao Hard Rock. Eram, no máximo, 8:30pm quando chegamos lá. Eu bebi Corona (cerveja mexicana) com limão e ela, vinho tinto. Comemos pizza e a pipoca anti-hipertenso gelada de lá. O engraçado é que fui perguntar ao Mick (apelido do Miguel, um host e garçom) se não ia ter popcorn ontem, daí a Martha me lembrou que eram palomitas. O Mick falou que palomitas só tinham na praça. A gente riu porque, de fato, na maioria dos países hispanos pipoca significa "palomita(s)", tendo, também, o significado de "pombinhos(as)". Mas na Bolívia, segundo o Mick, pipoca era "pipoca" mesmo, do jeitinho que escrevemos com uma leve diferença na pronúncia. Divergência resolvida, embora a Martha tenha tentado convencê-lo de que eram palomitas e ponto. Hoje, estamos light. O desjejum foi no café do Naira Hostel. Muito bom mesmo... Já tínhamos comido lá outra vez. Na primeira, comi um bolo de chocolate e creme enorme com uma xícara do mais puro chá de coca. Hoje fui de café Americano, assim como a Danielle. O David quis o Continental. Depois, um passeio pela mesma rua, Calle Sagárnaga, cheia de artesanatos. Não tem como passar pela Sagárnaga e não comprar nada. Tem sido assim todos os dias! É a mesma rua do Maya Inn mas a Martha foi a Coroico, fazer um passeio na estrada mais perigosa do mundo. Para a noite, sem planos até agora...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em La Paz

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Me recuperei de um resfriado antes de deixar Cbba, ontem (24). O David e a Danielle não sentiram nada. Chegamos ao aeroporto de Cochabamba com umas 2h de antecedência. Nosso voo saiu às 05:40pm, pela BoA (Boliviana de Aviación). Muita gente com máscara, com medo da "gripa porcina". Algumas vezes a gente passava e espirrava só pra ver a cara de assustada da pessoa. Depois a gente ria... É incrível como para voar na Bolívia você encontra poucas barreiras. Quando fomos comprar as passagens, o David e a Danielle tinham esquecido os passaportes, mas o rapaz do guichê falou que podíamos apresentá-los na hora do embarque. Na dita hora, nossos passaportes estavam presos por uma liga, daí, simplesmente, o funcionário da BoA nem tirou a liga pra conferir, só olhou pros passaportes e pra nós e sorriu, nos deixando embarcar sem maiores problema. Engraçado que na hora de ir, a gente levou uma bronca de um "guarda", porque não estávamos andando literalmente na linha. Ele não nos deixou cortar o caminho até a escada da aeronave. Ele queria que a gente fosse taxeando que nem um avião! Foi só ele dar as costas que a gente desobedeceu... Embora em Cbba estivesse com aquele friozinho suportável, quando entramos no avião, o calor tava de matar. Ainda mais, tinha uma música daquelas andinas mas bem melancólica, digna de velório. Então, meu sistema medroso começou a me fazer suar frio nas mãos. Eram os "sinais", disseram o David e a Danielle. "Essa musica aí é para você ir se despedindo do seu corpo e entrar em contato com o seu mentor". É foda ter medo de avião. Com um pedaço, nos vem o piloto falando que podíamos sentar em qualquer lugar porque o sistema de numeração de poltronas estava com erro. Pronto, outro sinal! Uma garotinha que não parava de me olhar! Mais um sinal, segundo o David e a Danielle. Uma ambulância na pista. Eu morrendo de medo. Avião menor sempre balança mais e meus dois companheiros me animaram dizendo que esse balançado era sinal de que nao íamos conseguir passar pela montanha mais próxima. Mas que nada! Deu tudo certo. Ver aquelas cadeias montanhosas, algumas com neve, foi muito bacana. Meia hora bastante aproveitada. Quando pousamos, a Danielle sentiu um impacto grande pela altitude (aprox. 3650m acima do nível do mar). O David ficou praticamente normal e ainda conseguiu carregar um monte de peso! Eu senti um pouco. Fiquei ofegante só em descer do avião e ir ate o saguão do aeroporto. Depois, carregando a mochila eu senti como se estivessem colocando pedras de gelo dentro do pulmão, além do já citado cansaço. Após nos instalarmos no Loki Hostel, descobrimos que o mesmo tinha nada mais nada menos que um IRISH PUB! OMFG! Era tudo o que o David e eu queríamos. A Danielle tomou uma sopa. O David e eu tomamos duas cervejas e ainda comi um omelete veggie. A Bock (cerveja daqui) e o omelete foram a minha desgraça. Passei a madrugada vomitando e com diarréia. Sorte que a Danielle tinha trazido uns lactobacilos vivos em cápsulas... Pela manhã, rodamos por La Paz. Frio horrível. Eu tava mal, meu corpo tava fragilizado e o soroche me pegou. Muito cansaço, dor de cabeca... Apelei pro remedinho Sorojchi (nome original do soroche) Pills. Passei a tarde no hotel, dormindo. Os dois foram procurar uma agência de viagem para fazermos uns passeios que, oportunamente, postarei aqui. Mas talvez, a pérola do dia tenha sido uma mulher comendo dentro de um PENICO. Sim, um penico! Questao cultural... Hard Rock Café. Para mim, pizza e suco de laranja, hoje. Nada de cerveza. Comecei escrevendo este post num cyber mas eles precisaram fechar e, com sorte, os viciados do Loki deixaram um pc livre pra mim. Acho que já vou me deitar... Amanhã o dia vai ser... FRIO, com certeza.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

De Santa Cruz a Cochabamba

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Chegamos a Santa Cruz de la Sierra mais ou menos umas 8:00am do dia 22, depois da cansativa viagem pela Ferroviaria Oriental. O alívio não foi pouco, mas também, a sensação de felicidade foi maravilhosa. Me senti uma heroína. Santa Cruz é uma cidade com uma arquitetura muito bonita, guardando os resquícios coloniais. A Plaza 24 de septiembre é um local bastante agradável para se conversar com os amigos. Em frente, há uma mega sorveteria chamada Ikirau, onde, depois do almoço, passamos lá para tomar "un helado". A gente almoçou num restaurante italianíssimo chamado Michelangelo, na Calle Chuquisaca, para a felicidade da Danielle. Comemos nhoque à bolonhesa e tomamos (apenas o David e eu) uma cerveja mexicana chamada Corona. Nos foi servida com uma rodelinha de limão. Eu gostei, mas o David preferiu sem limão. Foi no Michelangelo que tomei o meu primeiro mate de coca. Aí, depois, veio o referido Ikirau. Só tive uma coisa a reclamar: quando perguntei como era o sorvete que levava o nome da casa, a moça só disse que Ikirau era o nome de lá. Que grande explicação! Mas valeu, o sundae de lá era divino. O nome era só "sundae" mesmo. Ontem, dia 23, día de San Juan, no Ikirau, teve um show de salsa. No entanto, nós já tínhamos de ir para Cochabamba. Depois do sorvete, fomos dormir um pouco no hotel, já fazia uns dias que nao dormíamos na horizontal. Dormimos feito pedra, até umas 7:00pm. Daí nos arrumamos rapidamente (esse advérbio não vale para mim) e comemos num fast food chamado Dumbo. Comer com pressa é ruim, mas tínhamos de estar no Terminal de Santa Cruz no máximo às 08:15pm, para pegar o ônibus para Cochabamba às 8:30pm (dia 22). Ô viagem infernal! A maior parte do caminho de Santa Cruz para Cochabamba fazia um calor dos diabos, e os bolivianos com roupa de frio antes da hora! Tinha um homem, quando o ônibus ainda estava parado, cantando música gospel, como disse a Danielle: avisando que o inferno vinha pela frente. Hahahaha... Meu lugar era na janela, mas como eu tava com a minha mochila cargueira do meu lado, ficava difícil o local. Então, pedi para trocar com um boliviano, ele aceitou. Eu pedia para ele abrir a janela, daí ele só abria por uns dois minutos e fechava, logo, minha falta de ar recomeçava Até que eu decidi que era melhor largar o diabo da mochila no corredor do ônibus e "retrocar" de lugar. Beleza... Janela aberta, sem falta de ar... Quando eu desci para ir ao banheiro, numa dessas paradas de beira de estrada (o ônibus tinha banheiro, mas banheiro de ônibus é pior ainda, inclusive na Bolívia) o cara travou a minha janela! Quando voltei, somente com muita boa vontade e força do David foi que consegui voltar a respirar normalmente. A Danielle também sentiu falta de ar. Poxa, apenas veio fazer frio quando estávamos em Cbba (Cochabamba)! Dia 23, Cochabamba, muito frio até agora. Até que eu tava aguentando numa boa, nada de soroche... A falta de ar foi por causa do calor mesmo. Depois de 2 graus à noite, acordei resfriada. Meu cachecol também está servindo de máscara. Além de eu parecer um urso, pareço um membro do PCC, com um gorro-máscara (balaclava) improvisado de cachecol. Ontem comemos num restaurante muito bom também, chamado La Estancia, num boulevard de nome La Recoleta. Nesse boulevard tinha um local parecido com um cabaré. A gente entrou mas como não tinha ninguém, saímos e fomos comer no La Estancia, além de tomar umas Taquiña (cerveja daqui mesmo e até boa). O local tinha calefação, foi um alívio... Mas os 2 graus e a falta de calefação no hostal acabaram comigo. Já, já, me recupero. Vou comprar mais vitamina C, apesar da quantidade de suco de laranja que tenho tomado. Em Santa Cruz, ficamos num hotel meio chato, chamado Panamá, agora estamos no Hostal Elisa (lindo, lindo). Apesar da temperatura, adorei Cochabamba e espero voltar aqui. Já deixamos nossas coisas prontas no hostal, vamos voltar mais tarde apenas para pegá-las e ir ao aeroporto daqui, o Jorge Wilstermann. Decidimos nos dar um descanso e evitar 8h daqui até La Paz. Compramos passagens de avião para lá, pela BoA (Boliviana de Aviación), para as 05:00pm mais ou menos. Meia hora de voo. Meu pânico de avião foi vencido pelo meu cansaço. Acho que, por agora, é só. Devo me lembrar de mais resenhas depois, daí irei corrigindo as acentuações e colocando coisas que vou lembrando. As fotos, creio que somente vou colocá-las no Brasil. Nos vemos em La Paz!

terça-feira, 23 de junho de 2009

El Tren de la Muerte

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O trem da morte merece o nome que tem. Não é nada higiênico, as pessoas fraudam a venda das passagens e ele balança como um pula-pula de parque de diversões. Chegamos ao terminal de Puerto Quijarro aproximadamente às 16:00 (dia 21), para sair na meia hora seguinte. Fomos na categoria Super Pullman, a melhorzinha. Porém, ainda assim, sentimos o cansaço de 17h de viagem desde Puerto Quijarro até Santa Cruz de la Sierra. Eu sabia que iam ser muitas horas de viagem nada confortável, então, tratei de ter paciência e conversar com algumas pessoas ao redor. Comecei com uma moça que estava viajando com dois filhos. Lhe perguntei se na viagem inteira iria tocar no trem um determinado tipo de música. Músicas rancheras, em sua maioria. Bem me lembro que durante a viagem foram tocadas três vezes a música ME ENCANTAS de Pedro Fernández. Então ela me disse que à noite seria exibido um filme. Nossa! E que filme! Anaconda! Por amor de Dios! Um trem cheio de crianças vendo um filme monstruoso em todos os sentidos. Coloquei meus fones no ouvido e tentei me imaginar na barraca ENFERMEIROS DE PLANTÃO, no Mossoró Cidade Junina, bebendo aquela cerveja. A verdade é que a viagem inteira foi um exercício de controle mental e físico, porque por 17h eu consegui não utilizar o banheiro. Primeiro, pela falta de higiene, segundo, porque o trem balançava tanto que era capaz de eu sair de lá banhada de mijo alheio. Comer... Eu só comi os biscoitos que a gente tinha trazido do Brasil. Nada de majadito, nada de limonada fría, nada de pollo... Aliás, apenas a Danielle que teve a suprema coragem de comer um frango à milanesa banhado de óleo com arroz e salada, no vagão do restaurante. Poxa, eu me senti numa musica do Matanza naquele trem do caralho. Também fiz amizade com uma boliviana que é casada com um sírio mas viveram no Brasil até então. Ela me disse que os caras da bilheteria dizem que não tem mais passagem para, nas paradas, empurrarem gente clandestinamente e ficarem com o dinheiro, uma vez que o caixa já foi fechado. Uma das piores cenas do trem foi uma menina sendo puxada pela cabeça às pressas, para subir, mostrando que aquela parada não correspondia a uma plataforma, corroborando a tese da fraude. A gente viu isso depois que saímos do vagão restaurante. É bastante arriscado passar de um vagão pra outro. Você tem a impressão de que o trem vai descarrilar a qualquer minuto. Para se ter uma ideia da putaria, os filhos da moça com quem conversei primeiro, faziam xixi em saquinhos que ela amarrava e guardava. O David e a Danielle ainda usaram o banheiro. Eu usei a meditação. Hehehehe... 17h sem banheiro! Um troféu para mim! Ainda morro de rir com a Danielle imitando o guri vendendo "limonada fría". E eu fui tirar uma onda lá atrás (porque ficamos meio longe no vagão), imitando uma mulher que vendia laranja, aí eu comecei: "hay naranja..." quando a Danielle me disse que ela estava atrás de mim... Hehehehe... Foi muita resenha... Porém, contudo, todavia, AMO MUITO TUDO ISSO...

A PIOR RESENHA DO TREM, em homenagem a Danielle: um cara, parecido com o Maradona quando tinha os cabelos grandes, assoou o nariz daquele jeito e usou o mesmo lenço pra limpar o rosto! Teve gente que quase morreu quando viu... Hahahaha...

domingo, 21 de junho de 2009

En Puerto Quijarro - Bolivia

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Estamos em Puerto Quijarro, na Bolívia. O voo foi tranquilo até para quem tem pânico de avião como eu. Ainda não dormimos em nenhum hotel. Saímos de Mossoró/RN às 18:30 em direção a Natal/RN. Não lembro a que horas exatas chegamos ao aeroporto Augusto Severo (Natal), sexta-feira (19) só sei que nosso voo saiu às 3:05 (sábado, 20) e chegamos a Sao Paulo às 6:30 (sábado, 20). O piloto avisou que devíamos pegar 10ºC, mas acho que deviam estar uns 12ºC. Chegamos a Guarulhos numa boa e fomos direto ao Terminal Rodoviário da Barra Funda. Tomamos café e esperamos até 11:30am, horário do nosso busão de São Paulo-Corumbá/MS. Cruzamos os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Aquela vegetação linda do interior de São Paulo não há dinheiro que pague... A maior parte do MS passei dormindo. Fiquei meio chateada comigo mesma por ter esquecido de avisar a dois amigos de Campo Grande/MS que ia dar uma passada por lá, ainda que fossem 15min. Mas também, foram às 02:00! Enfim, quando chegamos a Corumbá, tomamos AQUELE banho e AQUELE café da manha num albergue. Cruzamos a fronteira e agora estamos à espera do famosíssimo Tren de la Muerte, a caminho de Santa Cruz de la Sierra. ¡Hasta luego!

EM HOMENAGEM AO DAVID: bem lembradíssimo! Na fronteira, parecíamos um monte de mafiosos com tanto dinheiro (depois de trocado!). Olhávamos para um lado e para o outro, com medo de chegar algum ninja na voadora (palavras da Danielle). Heheheh... Depois, comemos uma carne de quinta, banhada no óleo... Continua...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Grandes começos...

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Férias com "f" de "finalmente" e "s" de "saudade". Vontade de ficar só por causa daquele abraço inesperado e demorado no final da festa. Vontade de ir e deixar toda essa correria pra trás. Vontade de apenas descansar e ver o tempo passar sem a minha intervenção. Amigos que tenho vontade de levar na mochila. Um amor que quero para chamar de meu, a quem eu quase me rendi com o "não vai! Fica!". Sede de liberdade e aventura. Possibilidade de ser eu mesma, bem mais eu mesma do que já tenho sido. Chance de crescimento espiritual. Um prêmio para quem teve a cabeça a prêmio por dizer a(s) verdade(s). Ficar bem longe de tudo o que me faz mal e, ao mesmo tempo, tão bem... Tentar ser a mesma em meio a tanta gente diferente... Voltar diferente para o que ficou igual ao que deixei. Perdoar e cicatrizar em tempo recorde. Apagar. Esquecer. Lembrar. Sobretudo, amar...


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Passagens de ônibus e trem

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Já compramos as passagens pra Natal, de sexta-feira (quebrando o shabat). Daí o nosso voo pra São Paulo será às 03:05, dia 20. O ruim é passar tanto tempo perambulando no aeroporto, já que devemos sair de Mossoró/RN às 18:30 do dia 19. Estou exausta... Faculdade de Direito, estágio no TJRN, estágio no escritório de advocacia, prática jurídica, vice-presidência do Centro Acadêmico e volta do informativo Erga Omnes, da faculdade, eu como a editora-chefe. Alguns professores que não cumprem com o calendário... Muitas provas, muitos trabalhos, prazos e mais prazos pra cumprir. Na verdade, eu não tenho tido vida, tenho tido prazos. Todo final de semestre a minha neurastenia tem o seu auge e muitas vezes preciso passar umas "horinhas" no hospital, por causa do esgotamento. Também compramos as passagens de São Paulo-Corumbá. Um dos nossos teve um problemão pra resolver no RJ, daí, aproveitando o ensejo, foi até um guichê da Viação Andorinha e comprou logo os nossos tickets, já que aqui não tem e não queríamos correr o risco de ficar sem os bilhetes. Nossas passagens pro "Tren de la muerte" ficaram a cargo de um operador de turismo bastante conhecido chamado Ney. Ele tem comunidade no orkut e trabalha na agência Aerosur Corumbá-MS. Efetuamos o depósito e ele disse que as compraria hoje. Cansaço... E hoje é apenas segunda-feira. Esta semana, eu mereço um Toblerone!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Seguro morreu de velho

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Os riscos de acontecerem sinistros durante uma viagem podem ser os mesmos ou até maiores que os enfrentados na rotina, dependendo das atividades pretendidas. Além disso, é de ciência inequívoca que existe a possibilidade de extravio de bagagem, cancelamento de voo, necessidade de assistência jurídica, entre muitos outros inconvenientes que demandam uma boa quantia de dinheiro, justificando, dessa forma, a imprescindibilidade da aquisição de uma apólice de seguro viagem. Para os que viajam rumo à União Europeia, não se pode ingressar sem um, devido ao Tratado de Schengen. Embora muita gente ache desnecessário, resolvi por fazer o seguro, pensando em mim e em minha família. Assegurei os vinte e dois dias de viagem pela Mondial Assistance, através do plano "América do Sul", com cobertura em todos os países sulamericanos, à exceção do Brasil, por R$ 125,25. É forçoso explicar que os seguros viagem não funcionam como planos de saúde que, ao apresentar o seu cartão no hospital você será "isento" das taxas cobradas pelos serviços. O negócio funciona através de reembolso. Logo, se acontecer alguma coisa, é de bom alvitre juntar todos os comprovantes das despesas cobertas pelo seguro, para facilitar o reembolso quando voltar ao Brasil e não precisar litigar no Judiciário. Viajar assegurada é uma tranquilidade a mais...



terça-feira, 9 de junho de 2009

Friiiiiiiooooo

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Ainda por causa do Salar, terei de usar um casaco para temperaturas baixas (e baixíssimas!). Essas jaquetas, casacos, abrigos, anoraks etc. tem um preço relativamente alto. Se você não for esquiar, não gaste tanto dinheiro num casaco colorido de esquiador (alguns por R$ 1.500,00). A partir de R$ 200,00 você pode encontrar jaquetas e anoraks que valham a pena, de marcas como Kailash, Trilhas & Rumos, Conquista, Lafuma, Secco e Solo. O meu é um grandão da Conquista Montanhismo, o Chamonix 3 em 1. 100% impermeável, com costuras seladas + blusa de fleece acoplável ao zíper interno. Permite 3 combinações de uso: só a jaqueta impermeável, só o fleece ou a jaqueta e o fleece unidos pelo zíper, transformando-se em uma jaqueta de frio intenso. Ela possui 2 bolsos frontais com zíper, zíper em baixo dos braços para ventilação e transpiração do corpo, capuz com sistema de embutir na gola e forração interna em nylon e tela. Possui , ainda , ajuste na parte inferior, para imperdir a entrada de vento. O fleece possui 2 bolsos frontais com zíper. Fleece de 100 gramas por m². Também tem ajuste inferior para impedir a entrada de vento. Proteção de nylon no pescoço, nas partes em contato com o zíper, para oferecer maior conforto. Ajuste em velcro nos punhos. Uma beleza por R$ 319,00 que, pela qualidade, estão mais que compensados. O meu é grandão e já estão me chamando de pinguim de geladeira... Não tenho culpa de ser fofinha e compacta... ;) Minha mãe fala que com ele, eu fico do tamanho de uma cigarra... Hehehehe...

Não esquecer, igualmente, de proteger a garganta com um bom cachecol. Cuidado ao se iludir com os que andam vendendo por aí, principalmente no Nordeste. Não se trata de comprar lenço nem pashmina. O negócio é uma boa lã ou um bom fleece. Apesar de serem os mais usados, eu não experimentei os de lã, nem tenho como indicar marcas nem demonstrar preços, uma vez que o fleece é mais indicado pro inverno tropical. As marcas especializadas nos de fleece que conheço são Curtlo, Sadae e Solo. Preços variam de R$ 40,00 a R$ 50,00. O meu é um preto, da Curtlo, feito de THERMOFLEECE®. Ele não bloqueia o vapor da transpiração, permitindo que o corpo respire e tem um processo anti-pilling, proporcionando múltiplas lavagens sem formar bolinhas.

Gorro e luvas, também! Meu gorro é daqueles que caíram no gosto de muita gente: ele é de lã e tem aba, como um boné, da Zolo, por aproximadamente R$ 25,00. As luvas foram a parte mais chata. São muitos tipos e você acaba com medo de errar na escolha, até pelo fato de que algumas pessoas sentem mais frio na mão que outras. As de esqui, como sempre, são as mais lindas (e caras! Hehehe). Mais uma vez: se não for esquiar, não compre as de esqui! Pode-se encontrar luvas térmicas sem serem de esqui com preços de R$ 29,20 a R$ 120,00. A minha é uma Kailash, Fleece PolarWarm 100, tamanho M, R$ 37,10, com punhos elásticos e clipe para prender na roupa ou mochila.


Uma coisa bastante útil no frio são as warm/heat/heating/warmer pads, uns saquinhos com um disco dentro que, quando pressionado, inicia uma reação química originando cristais de calor a partir de um gel que preenche as almofadinhas, atingindo até 54ºC, por uns 50min. Ainda por cima, são reutilizáveis. É só colocá-los numa panela com água no fogo e esperar um pouco até os cristais voltarem a ser gel. Essa foi a primeira compra nossa para a viagem. Há uns meses, a gente não tinha ideia de que eles eram vendidos no Brasil, daí encomendamos em uma loja da Inglaterra. Depois, os encontramos numa loja de São Paulo que vende por internet, porém, mesmo em libras, cada saquinho nosso não chegou aos R$ 15,00 cobrados no Brasil. Cada um ficou por aproximadamente R$ 11,00. Para proteger as pernas, estou apostando apenas em meia calça fio 70/80 e um velho jeans. D-us me proteja! ;)


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Com/sem colírio mas sempre c/ óculos escuros

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Eu não sou fã de óculos escuros... Pelo menos não usados por mim. Não acho que combine com (nenhum) (d)eles. Todavia, dadas as circunstâncias, tive de comprar um que fosse resistente e tivesse garantia (não só a legal, de 90 dias, mas, também, outros 90 dias por liberalidade da marca). Daí, me lembrei que a minha ISIC (requeri no dia 6 de abril e só veio chegar no dia 6 de junho, por falha da equipe da STB e dos Correios) dá 10% de desconto nos óculos da Chilli Beans. Como na cidade tem um quiosque, fui até lá e comprei um modelo esportivo bem em conta, além de um case que, segundo os vendedores, aguenta 7kg sobre ele, e um fluido. A principal razão pela qual tive de ceder aos óculos foi a visita ao Salar de Uyuni, na Bolívia. O Salar de Uyuni é um lago de sal congelado de 12 mil km² e a 3650m de altitude. Os raios solares, ao refletirem no gelo, dão a impressão de "espelho", então, é como se você estivesse pisando no céu :) ... Contudo, nem todas as coisas são flores. Esse mesmo reflexo pode causar queimadura na retina e outros danos oculares, tornando imprescindível o uso de óculos escuros e com proteção contra os raios ultravioletas, claro. Por isso, é importante se certificar de que os óculos realmente tem essa proteção UV, do contrário, o tiro vai sair pela culatra. Quando os olhos se expõem à escuridão, a pupila dilata, com o intento de "captar" mais a claridade. Ora, se seus olhos estão sob lentes escuras, sua pupila vai dilatar para a entrada de luz e, com óculos que não protegem dos raios UV, seus olhos estarão ainda mais propensos a sofrer uma lesão. Não custa ressaltar que o barato sai caro!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Algumas dicas de segurança

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Vivendo no Brasil, não há muito o que se falar sobre como evitar ser furtado ou roubado. Nada de levar joias. Câmeras devem ser portadas em bolsas discretas e a tiracolo. Não seja tolo de andar com uma camiseta com dizeres do tipo "I Love Machu Picchu". Faça o possível para não ser reconhecido como "gringo", porque isso atrai atenção demais. É certo que eles reconhecem um turista de longe, mesmo que não tenha traços "europeus", mas não precisa facilitar. Viajando de ônibus, fique sempre de olho na sua bagagem, pois assim como há pessoas que agem de má-fé no Brasil, também, há na Bolívia e no Peru. Tenho de confessar que essa parte da mochila está me tirando o sossego... Não sei se vou conseguir dormir ao pensar que posso ter a minha carga furtada numa parada do ônibus. Tudo é mais desorganizado lá. Não sei se eles tem aqueles adesivos-comprovantes que se colocam na mala, para evitar "extravios". Eu bem tenho pensado em levá-la no bagageiro interno, contudo, é quase certeza de que não caiba, ou, se couber, é quase certo que não permitam. Bom, entre tantos outros cuidados, não se deve esquecer de onde você vai portar o dinheiro e documentos durante a viagem. Bolsas chamam muita atenção. Apenas carteiras, estas são facilmente subtraídas. Há a solução de usar um money organizer, money belt, travel organizer ou simplesmente carteira de viagem. As mais inteligentes são feitas de tecidos leves como Politel Plus 1910 e de cor clara, como bege, para que possam ser portadas por debaixo da roupa, não provocando irritações na pele e cinto elástico e regulável, do tipo alças de sutien. Os preços vão de R$ 35,00 a R$ 44,00, de marcas como Curtlo, Kailash, Azteq e, se não me engano, a Deuter também as fabrica. Nada impede que você encontre mais caras ou mais baratas ou que decida confeccionar a sua. A eleita por mim foi a da Kailash que, além das características já citadas acima, ainda conta com um zíper invertido, aumentando a discrição, e um plástico resistente dentro do qual você deve colocar o dinheiro e os documentos, protegendo-os de suor ou chuva.


No mais, todas aquelas recomendações sobre cintos de segurança, não aceitar bebidas/comidas de estranhos, evitar comer em barracas e só beber água mineral lacrada estão valendo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tua saúde vai bem?

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Hoje colhi sangue para análises. Há uns 4 meses diagnosticaram uma anemia em mim, mas não fiz a menor questão de cuidar... Tive uma parcela grande de culpa porque havia mais de 4 anos que eu só consumia, de produtos animais, mel, leite e ovo. Não por isso, e sim, porque não procurei adequar a minha dieta de uma forma que eu pudesse absorver ferro na mesma proporção de antes. Desta vez, meu hematócrito ficou em 35,47%, quando o mínimo é de 36,00% para minha faixa. Quase lá. Nos últimos meses, tive de abrir mão da minha ideologia e mesmo da minha própria vontade. Engordei mais ainda, embora a anemia e as vertigens tenham diminuído. Voltar a comer animais foi uma condição sine qua non para que eu conseguisse o aval dos meus pais para esse mochilão. Meus amigos de mochila também ficaram no meu pé, sobretudo pelo soroche... Anemia na altitude é mal-estar garantido. Depois de amanhã devo começar no sulfato ferroso para acelerar o processo e diminuir a carnificina. Me sinto uma traidora... mas logo isso vai passar. Então, para quem deseja fazer qualquer viagem, mesmo as menos longas, não deixe de fazer um check-up no sangue, pelo menos, principalmente se for gordinho como eu. Lembre-se de que adoecer em casa já é uma coisa ruim, imagine em outra região ou país...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Pelos familiares e passageiros do voo AF 447

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É com pesar que me dirijo aos enlutados pela tragédia ocorrida com o voo da Air France, Rio de Janeiro-Paris, AF 447. Não vou me estender e tecer comentários sobre as possíveis falhas ou os detalhes sobre os acontecimentos, até por não ser gabaritada para isso. Há sites demais sobre o assunto. Venho apenas para pedir a D-us, bendito seja, que conforte aqueles que perderam seus entes queridos e deixar aqui a nossa prece para aqueles que se foram (Kadish).


Que seja exaltado e santificado Seu grande nome (Amém!), no mundo que Ele criou segundo Sua vontade. Que Ele estabeleça Seu Reino, faça vir Sua redenção e aproxime a vinda de Seu Mashiach/Messias (Amém!) em vossa vida e em vossos dias e na vida de toda a Casa de Israel, pronta e brevemente, e dizei amém. (Amém!)

Que Seu grande nome seja bendito eternamente e por todo o sempre. Que seja bendito! Que Seu grande nome seja bendito eternamente e por todo o sempre. Que seja bendito, louvado, glorificado, exaltado, engrandecido, honrado, elevado e excelentemente adorado o nome do Santo, bendito seja Ele (Amém!), acima de todas as bênçãos, hinos, louvores e consolos que possam ser proferidos no mundo, e dizei amém (Amém!).

Que haja paz abundante emanada dos Céus, e bênção de vida sobre nós e sobre todo o povo de Israel; e dizei amém (Amém!).

Aquele que estabelece paz em Suas Alturas, possa Ele estabelecer paz para nós e para todo o Israel. E dizei amém (Amém!).