No dia 5, chegou a hora do sonhado momento de visitar as ruínas da Cidade Perdida dos Incas... Acordamos cedinho e tomamos café no La Cabaña, esperando que assim que chegássemos ao ponto de ônibus, não encontrássemos demora nem dificuldades para subir a MP. Como o esperado, compramos as passagens por um preço relativamente alto e subimos no ônibus. Encontramos umas brasileiras, visto que brasileiro você encontra em tudo o que é parte do mundo. Pelo caminho, percebiam-se várias pessoas que estavam indo a pé para Machu Picchu. Não passou pela minha cabeça fazer aquele percurso a pé sendo íngreme e estando tão fora de forma como eu estou. Também não íamos fazer a Danielle, grávida, subir aquilo sem ser de busão... Enfim, são trinta minutos até chegar à entrada do complexo que envolve MP. Durante a pequena viagem, você percebe que há "escadinhas" esculpidas nas rochas... Eram parte do caminho inca mesmo. Quando vi as tais escaleras, passou na minha cabeça um filme, como se eu visse um "inca-carteiro" subindo os degraus e desaparecendo no meio do mato, a fim de entregar a correspondência. Bem que poderiam ter tido essa finalidade, entre outras, as tais escadinhas no meio das rochas e do mato. Assim, ao chegarmos, procuramos o local onde os ingressos são vendidos e ganhamos um carimbo nos nossos passaportes. Que bom que eles concedem desconto para estudantes! Entramos e começamos a ver aquela paisagem que estampa vários cartões postais e que faz parte do capítulo de civilizações pré-colombianas dos livros de História. O Wayna Picchu estava lá, sob um sol escaldante (para os padrões da viagem), chamando a atenção de todos os mortais presentes. Para onde quer que você vá, o que lhe interessa é achar o melhor local de onde você possa admirar aquela pintura. Embora aquele dia tivesse sido planejado para ser o mais legal possível, mal entramos e a Danielle e eu acabamos nos desentendendo. Usei a minha velha tática: o silêncio e distanciamento. Quando duas pessoas são explosivas isso tende a acontecer. Fui subindo bem atrás dos dois, sem querer conversa. Os degraus são muitos e grandes, fazendo com que sejam necessários vários intervalos na caminhada, até pelo fato de poder observar as ruínas ao redor. O importante é fazer tudo no ritmo próprio. E assim fomos... Teve uma hora em que o David quis subir numas partes a leste e a Danielle não se animou, nem poderia. Daí, eu também não queria subir e acabei ficando de olho nela, meio que de longe, para ver se ela não se sentia mal nem aprontava nada, mesmo estando sem querer falar com ela. A essa altura, a sede já estava de matar. Tínhamos esquecido de comprar água e foi até bom, para evitar que esquecêssemos garrafas PET lá. Fiquei tentando fazer umas fotos sem muito ânimo, até que resolvi acabar com o "bloqueio continental" e aceitar as desculpas indiretas dela, que consistiam em tentativas tímidas de manter um diálogo comigo. Depois me juntei a ela e tudo voltou ao normal. A sede e o sol estavam fortes. Como eu adoro interagir com gringos, fui perguntar a um anglo se ele tinha uma outra garrafa de água que pudesse me vender. Ele disse que não mas que podia me dar um pouco de água. Eu bebi, claro. A Danielle me chamou de cara de pau e a gente riu à beça da situação. Quando o David voltou, tínhamos descido uma parte e estávamos olhando umas lhamas que estavam abaixo de nós. Alguns turistas pensam que os animais são como modelos pagos para sorrir para câmeras, 24h. Uma garota que me pareceu argentina, levou uma cuspida de uma lhama de tanto que encheu o saco do pobre animal, na tentativa de obter inúmeras fotos. Achei pouco, francamente...
domingo, 12 de julho de 2009
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