09/07... Uma noite muito mal dormida... Acordei bem antes de o serviço de despertador do hotel me ligar. Já tinha deixado quase tudo pronto. Só tinha de tomar banho, me arrumar, guardar poucas coisas e olhar debaixo dos móveis para ver se não estava esquecendo nada. Nossa, como eu estava desanimada! Nem o pânico de avião me importou. Desci antes dos meus amigos e tomei café no restaurante. Vesti a mesma roupa com a qual fiz o voo Natal-São Paulo, a mesma que tinha vestido em Mossoró. Não que eu não sentisse saudade dos meus pais e da minha irmã. Não era isso... Era apenas aquela ausência de regras, obrigações, satisfações a dar etc. Era a tal liberdade. Eu não pensaria duas vezes se me deixassem ficar. Passei muito tempo para escrever estas palavras porque até hoje, um mês depois, eu não pensaria 1/2 vez se pudesse ter ficado lá. Todos os dias revivo tudo o que passei na Bolívia e no Peru. Todos os dias penso em voltar. Gastamos uns 40min do hotel até o Aeropuerto Internacional Jorge Chávez, e todo esse tempo eu passei dando adeus ao Peru. Devia ser um feitiço inca. A Danielle também ficou muito triste. Ninguém, na verdade, queria voltar. Quando chegamos, fomos fazer o check-in no guichê da TAM. Depois, a Danielle passou um tempo num cyber da Telefonica. Estávamos terminando de comer no McDonald's quando começaram a chamar pro embarque. Estava tão chateada que nem me importei com o free shop, nem para comprar um Toblerone. A Danielle e o David ainda compraram uma garrafa de pisco, uma bebida tradicional do Peru. O voo de Lima a São Paulo foi o mais agradável de todos da viagem. Nada de turbulência, um ótimo almoço, comissários excelentes, manta, máscara e plugs de ouvido. Não tenho nada de que reclamar. Desembarcamos em Guarulhos na hora estimada e fomos fazer umas compras no free shop de São Paulo. Não adiantava mais chorar, eu estava de volta ao Brasil e em mais umas horinhas, estaria de volta ao Nordeste. Comprei uns perfumes, uns hidratantes e um iPod. O David e a Danielle compraram tanta coisa que a gente sabia que ia dar um trabalho dos diabos pra embarcar, já que teriam de ser "bagagem de mão" se a gente quisesse que as coisas chegassem inteiras. A sorte é que eles ganharam uma bolsa da Calvin Klein e a gente conseguiu colocar uns litros dentro. Deviam ser umas 19:00 quando chegamos e devemos ter gastado outras 2 horas nas compras. Depois disso, fomos para a sala VIP do American Express, esperar o nosso voo. Lá, ficamos conversando e aproveitando o ótimo serviço de buffet. Tentamos usar os computadores mas eles não estavam abrindo as páginas direito, daí, desistimos. O nosso voo para Fortaleza era de meia-noite, tínhamos um tempo considerável para tentarmos nos entreter na sala. Algumas pessoas assistiam a tv, mas eu preferi me esparramar num sofá. O cansaço era grande. Tinha acordado muito cedo e no Peru são duas horas a menos, de um jeito ou de outro você sente um certo impacto. A sala fechava às 23:oo, bem a tempo de começarem a chamar pro embarque. Antes de entrar na sala de embarque, tomamos um susto quando o David disse que tinha perdido a carteira. A gente revirou umas coisas mas não havia sinal dela. Ele foi correndo até a sala VIP mas já estava totalmente fechada. Por D-us que a carteira estava dentro de uma das bolsas. Quando íamos entrar para embarcar, houve um problema na leitura do código de barra das passagens. Acho que porque devia estar apenas Lima-São Paulo. Mas a Danielle resolveu isso no guichê da TAM em dez minutos. A pior parte foi embarcar, porque desta vez não era através de ponte de embarque e, sim, pegando bus até a escada do avião. De lascar! Mais uma vez o David se superou no levantamento de peso e ainda subindo escadas! Quando finalmente sentamos, estávamos suados, cansados e tristes. Com tudo isso, ainda não consegui dormir. O voo inteiro foi de turbulência. Já sabia que ia ser assim...
sábado, 8 de agosto de 2009
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